A poeta, depois de sua última postagem, ficou desanimada. Ela olhava pelas janelas de sua casa, e via a chuva, que mesmo diminuindo, a fazia lembrar das tragédias ocorridas no estado do Rio de Janeiro. E ao abrir as janelas virtuais, imagens e textos traziam até ela o sofrimento das vítimas de forma mais concreta e dolorosa.
Sim, eu sei que muitos (inclusive eu) doaram colchonetes, material de higiene, dinheiro e alimentos não perecíveis aos que foram atingidos pela força das chuvas. Certamente isso é admirável. Mas não devemos esquecer que, embora a tempestade tenha passado, os problemas de infra-estrutura do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, e de outras cidades (serranas) persistem. E que, caso esse fenômeno atmosférico se repita, certamente a tragédia se repetirá.
A memória do povo é curta, como eu disse no último poema que coloquei aqui. E é por isso que eu venho lembrar a vocês das chuvas, agora que os gigantes da mídia se cansaram do assunto.
E como sei que imagens têm um grande impacto, deixo aqui o link de um vídeo, além de um poema meu.
Dons
Não desejo possuir o Espelho da Eternidade,
para ver, do Futuro, os fúlgidos lampejos de Luz, clarões;
o Futuro é névoa, névoa incerta, e só veria névoa
se tivesse esse espelho; o Futuro habita em nossos corações.
O Futuro é sonho; é embrião do Presente,
embora este tenha de ser constante;
se alterarmos o Presente por um instante,
o Futuro será outro.
E o Passado, que foi Presente um dia,
às vezes torna-se tão turvo quanto o Amanhã;
o Passado tem mistérios (quem diria!),
segredos que não desvendamos no certo tempo.
O Tempo passa, e em nossas Almas,
são outros nossos terríveis tormentos;
o Tempo é transição, e transforma
nossos fantasmas e sofrimentos.
Por isso, disse que o Futuro
é sonho e embrião;
o Futuro pulsa em nós, ávido,
e reside em nosso Coração.
Não quero o dom da contemplação;
observar o que virá é simplório,
e tudo, em verdade, ideais e mundos,
no Tempo vive; tudo é transitório.
Quero o dom supremo de transformar
a realidade de toda a gente;
quero transmutar o que ocorre agora,
o Mundo de quem respira, ri, chora e sente!
O link do vídeo é: http://www.youtube.com/watch?v=PeduZpj_Zsc. É um relato emocionante das chuvas na cidade do Rio de Janeiro.
para ver, do Futuro, os fúlgidos lampejos de Luz, clarões;
o Futuro é névoa, névoa incerta, e só veria névoa
se tivesse esse espelho; o Futuro habita em nossos corações.
O Futuro é sonho; é embrião do Presente,
embora este tenha de ser constante;
se alterarmos o Presente por um instante,
o Futuro será outro.
E o Passado, que foi Presente um dia,
às vezes torna-se tão turvo quanto o Amanhã;
o Passado tem mistérios (quem diria!),
segredos que não desvendamos no certo tempo.
O Tempo passa, e em nossas Almas,
são outros nossos terríveis tormentos;
o Tempo é transição, e transforma
nossos fantasmas e sofrimentos.
Por isso, disse que o Futuro
é sonho e embrião;
o Futuro pulsa em nós, ávido,
e reside em nosso Coração.
Não quero o dom da contemplação;
observar o que virá é simplório,
e tudo, em verdade, ideais e mundos,
no Tempo vive; tudo é transitório.
Quero o dom supremo de transformar
a realidade de toda a gente;
quero transmutar o que ocorre agora,
o Mundo de quem respira, ri, chora e sente!
O link do vídeo é: http://www.youtube.com/watch?v=PeduZpj_Zsc. É um relato emocionante das chuvas na cidade do Rio de Janeiro.
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