sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Monotonia

Este poema foi escrito há anos, mas o sentimento que estes versos abrigam volta de quando em quando em meu espírito. Essa emoção retornou recentemente. Creio que todos vão se identificar com estes versos.

Monotonia

Da vida o sabor acre do conhecimento
de um universo antes me tão novo, sem igual
veio pungir-me a boca num lamento,
um soluço, um suspiro sepulcral.

Conhecer todas as pedras do caminho
e as grutas onde escondem-se os mistérios
dá-me uma intensa monotonia,
e minhas honras e meus méritos

que podem fazer? Vou-me embora,
explorar outro mundo de outra aurora
e meus olhos brilharão, ignorantes.
Ingênuos e doces como belas crianças,
tudo saberão, curiosos e vivos,
e eu irei embora como antes.

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