sábado, 13 de fevereiro de 2010

Revolução

É essencial que todos tenham consciência de como a palavra é poderosa. Em um país como o Brasil, o reconhecimento do potencial da palavra é ainda mais crucial. O povo só se libertará quando perceber que a escrita traz o conhecimento, e que é preciso penetrar em seus segredos para mudar a realidade.
Deixo aqui um poema oportuno.

Revolução

A palavra destrói os grandes reinados
por trás de uma gota de sangue, tinta azul há.
A palavra que afaga, que sorri amiga,
é a mesma que pode chicotear.


Da coroa de ouro e de diamantes,
com punhais a palavra há de se armar.
A palavra destrói os grandes reinados
por trás de uma gota de sangue, tinta azul há.


Escrita em lágrimas ou em sorrisos,
nos olhos, na alma, estática jazerá.
Mas se a transcrevermos em uma folha amarelada,
rubros corações há de sangrar.


Espada de luz que nos banha em tormento,
riso febril que traduz sofrimento,
leais traidores a nos circundar.
A palavra que afaga, que sorri amiga,
é a mesma que pode chicotear.

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